Saturday, September 1, 2007

CHELSEA B304 - YOU ARE HERE (starting plan)


FIND MADDIE / madelleine


FANTASMA - artists residence


Nota: Todos os direitos reservados por Fábrica da Merda - Contaminadora Audiovisual
FORA de CONTEXTO

Desde há uns meses que estamos com um documento em mãos, ao qual não sabemos que rumo dar. Trata-se de uma tradução feita a pedido do autor à jornalista Dulce Dias, actualmente ao serviço da Euronews.
O nome de Dulce surge mais atrás na carreira de Caiado, precisamente assinando o texto biográfico de opinião que acompanha o catálogo da já aqui mencionada estreia na Galeria Impacto (edição da Tipografia Lobão, com design gráfico de José Jorge & sócio e arte final de Carlos Cabanita - da Lobão). Ali, a propósito de Insómnios Del Paparazzo Urbano, a jornalista de Samora Correia mostra que conhece mais do fotógrafo do que seria de supor numa primeira visão.
Eis então que, a propósito de E-mail Me / Cocktail Me (FANTASMA – artists residence, Fev 2007) vem pela caixa de e-mail deste staff a tradução ao texto de apresentação desta exposição. Mas, na verdade, já a exposição tinha saído havia algum tempo.

Ora, como – lá está, a tal furtividade – Caiado parece dar-se bem com as escondidas, esta exposição passou despercebida. Apesar de Margot e Kina garantirem que toda a Imprensa e Televisões receberam o dossier branco com documentação desta mostra fotográfica. Até Marcelo Rebelo de Sousa (julgamos que por primeira vez) recebeu um deste exemplares sobre a exposição de fotografia E-Mail Me / Cocktail Me.

Publicamos aqui, obviamente a despropósito esta tradução de Dulce Dias para Caiado. De uma assentada, livramo-nos do texto e redimimo-nos pelo escasso apoio por altura desta mostra. E-Mail Me seguiu-se a S.W.A.T. bondage. Só que, ainda no Art Center de Fotografia (agora desactivado) Caiado leccionou um Workshop e montou uma performance de dominação – real – a que chamou My Art My Rage Your Cage. Durante alguns meses não parámos um minuto. Mas a Internet aí está a compensar o nosso esforço e é um regalo fazer buscas por SWAT e por bondage e ver todo o resultado.

Só que Caiado não pára. (Ele diz que, desde que deixou de comer carne por respeito para com os animais, o seu cérebro nem se lembra de dormir). E, mal sente que, com a sua saída do Art Center, em Cacilhas, muito provavelmente o projecto da única galeria dedicada á fotografia de autor cairá, enceta um sem número de contactos para tentar ficar com o nome FANTASMA, associando-o assim à Residência de Artistas que tinha comprado como equipamento de apoio para alojar fotógrafos convidados pelo Art Center da antiga Calçada da Pedreira. Não sabemos se o obteve pelas vias legais, mas quem passar hoje pelo Campo S. Paulo, em Almada, verá junto à porta do único edifício com terraço, a placa “FANTASMA – artists residence – 2nd floor”. Sáravá !

Staffinho

Caiado - most updated pic (jun 2007) Ph: João


Caiado - most updated pic (jun 2007) Ph: João


E-mail from staff (charged by Carollina

FW: BlueInfected - take this to your heritage wall / coloque esta fotografia na sua parede principal
De: carol branca (caroll-bra@hotmail.com)
Enviados:
quarta-feira, 25 de julho de 2007 14:30:31
Para:
caiado.atelier@yahoo.com (caiado.atelier@yahoo.com)

Verificação de segurança no download
66_BLUEinfected.jpg (804,8 KB)

From: caroll-bra@hotmail.comTo: a.santagueda@hotmail.com; margotsaldanha@yahoo.com; kinalobito2@gmail.com; horta.trasso.lobo@gmail.com; susana.d.orey@mail.br; fantasma.galeria@yahoo.com; ana.r.correia@telecom.pt; blluepill@yahoo.com

Subject: BlueInfected - take this to your heritage wall / coloque esta fotografia na sua parede principal

Date: Thu, 17 May 2007 16:23:14 +0000Saudações fotográficas Acaba de receber uma fotografia realizada por Caiado www.caiado.biz
Coloque-a na parede principal de seu escritório / consultório /outro e tenha sempre em local seguro um print deste e-mail. Esta é uma net-emissão da primeira e (até agora) única imagem de Caiado objecto de divulgação pública. Derivado a um acidente administrativo, a obra BlueInfected (CHELSEA B304) cujo Teste de Paredes decorre / decorreu entre 11 Maio 2007 e 15 Maio 2007 na Galeria de Arte A.M.G. (EN10 Corroios - ao lado da Galp) O QUE É UM TESTE DE PAREDES ? (contact your Caiado's local agent - see BlluePill Art Directory) está disponível para efixação e envio pela Internet, tornada domínio público.Pode reenviá-la querendo distinguir alguém a quem preza e que tem gosto por arte. ESPECIFICAÇÕES: Tal como consta do editorial CHELSEA B304, BlueInfected deverá ser afixada em MDF de 60x60 cm espessura 1,5cm com os cantos passados a lixa nº4.Deve aplicar-se um primário sobre o MDF (cont. MDP&Filhos - Almada para mais informações sobre este material) e logo emcima um encarnado vivo, a tricha estreita, de forma a deixar visíveis algumas texturas das cerdas. Deve revestir-se a acrílico transparente de 3mm(não usando qualquer cola para aderir o print de BlueInfected ao quadro) a deixar até 6cm para cada bordo da imagem. A afixação do acrílico à placa MDF deve fazer-se por sextavado 6mm (pode ser cromado embora se aconselhe o modelo antracite / ferrugem) com aperte traseiro por porca. Estas especificações têm caracter orientativo e não são obrigatórias, dependendo em última instãncia a montagem desta BlueInfected net-emissão da criatividade, sensibilidade e materiais disponíveis por parte do receptor do e-mail. Muito obrigado a todos Caroll

BLUE INFECTED - the piece


Lapso administrativo - toda a explicação

O (tal) LAPSO ADMINISTRATIVO

Como se adquire uma fotografia de alguém que, sendo realmente um autor, não se encontra representado por nenhuma galeria reconhecida nem mantém uma estabilidade geográfica que permita percepções mais avalizadas?

Depois da fúria, Caiado acalmou. De repente, um quadro enviado para servir de piloto à configuração da Galeria A.M.G. era tomado como oferta pessoal. As miúdas que estabeleceram a conexão para este evento ouviram das boas, nem é preciso ser mosca para ter disso absoluta certeza.

Agora mais conformado, o fotógrafo prepara-se para tirar partido de uma situação negativa e, como em várias anteriores, sabemos que ele sairá vencedor. Para já, eis o que se está a passar.

A imagem intitulada “BlueInfected” tem ordem para passar a domínio público. Todas temos indicação expressa para a divulgarmos de forma a disseminá-la o mais possível, desvalorizando-a cada vez mais. Ao mesmo tempo, algo que seria impensável até hoje na carreira escorreitamente underground de Caiado, torna-se um motor de arranque: a gobalização.

Além da fotografia em si, existe a obra. Obra é, neste autor, o conjunto da fotografia com o tipo de montagem que para ela escolhe. Cada exposição sua é nisto um caso inédito em Portugal (pelo menos).
A obra integrante de CHELSEA B304 é formada por placas MDF pintadas a encarnado vivo, além de outras especificações conforme documento anexo.

Assim, o autor determinou que, após exibição de CHELSEA B304 como exposição (em local ainda a seleccionar), cada quadro será alterado para albergar uma cópia de BlueInfected, a qual será oferecida aos patrocinadores escolhidos para o efeito. Serão em número de entre 10 e 14. Claro que muitos sobrarão e, a seu tempo saberemos como irá o fotógrafo gerir esta insuficiência.

Portanto, de uma assentada, Caiado é forçado a romper com dois preceitos basilares da fundação do seu trabalho de autor no campo da Fotografia. Romper, claro e, excepcionalmente, por uma única vez. A saber: a divulgação de trabalhos de autor pela Internet; e a execução de cópias de um trabalho da sua autoria. Lembremo-nos de que, apesar do sarcasmo com que regra geral os seus pares olham para os preçários (quando ocasionalmente) acompanham as suas mostras, o facto é que cada obra de Caiado é um espécime único. Um original, portanto. Mais original até do que uma pintura, da qual são extraídas (as ridículas) serigrafias.

Até ao momento, poucas obras são conhecidas na posse de particulares ou instituições, assinadas pelo fotógrafo. Mesmo na Década (um dos momentos internacionalmente marcantes da carreira por causa de “unexpected moment), as imagens printadas pelo designer gráfico Miguel Brás – também ele pintor – só são conhecidas um original assinado. Este, na posse de João Rocha, antigo funcionário no CCB e anfitrião da exposição na Galeria Década, que recebeu o título de Free Papanicolao Joystick. Mesmo assim, dos próprios MDF’s que ali se estrearam, ainda tem por receber aquele que lhe cabe para uma condigna afixação da obra.

Sabe-se também que Amílcar Caldeira (o Micas do Acord’a Lua – Almada) terá uma fotografia relativa ao editorial Nove Mulheres e Meia. Possivelmente um outro exemplar relativo a Dois Dedos de Sexo para Tanta Conversa ou Qu’ Importa a Arte Desde Que. Um sócio seu (de nome Diogo, cremos) terá provávelmete outra fotografia de Nove Mulheres e Meia.
Sobre Mudaram a Paragem do Autocarro, uma exposição em que Micas investiu bastante dinheiro mas da qual não chegou a imprimir os exigíveis convites, este terá uma obra. Do mesmo editorial terá sido oferecida uma outra obra ao designer gráfico José Jorge. Ambas carecerão de assinatura.

Sabe-se que em casa de Miguel Ferro, designer que tomou conta dos arranjos dos convites do autor mesmo aquando da sua incursão pelo mercado de Arte espanhol (Ahora Me Toca la Muñeca Inflable, Y Las Pretas Como Tienen Las Tetas ? – por exemplo) existem duas imagens condignamente emolduradas, resultantes de uma apropriação na sequência da execução dos convites para a exposição no Acord’ a Lua intitulada Cacilhas – Cannes: Duas Margens a Mesma Merda.
Assume-se que lhe pertençam e não estão assinadas. Nem são sequer sua propriedade, devendo ser destruídas se as mesmas encontrarem aquisidor.

De Mudaram a Paragem do Autocarro, sabe-se por registos fotográficos da sua biógrafa que uma obra estará na posse de José Rondão. Rondão é o canalizador (e operário para todo o serviço) que tem sido de utilidade extrema para o estilo de vida miserável do fotógrafo. Sabe-se que pela sua digna mas degradada habitação nas Calvanas (a que Caiado por dislexia continua a chamar “Galinheiras”, passaram quase todas as mulheres que consigo têm durado mais do que 12 meses. Calcula-se que seja Rondão a fonte não identificada de alguma da informação privada contida no seu relato biográfico Não Autorizado e ainda não publicado por opção da biógrafa Mónica Gorgulho.

Parental Advisory For Standard Procedure é actualmente a única obra oficialmente conhecida a integrar uma colecção de Galeria. Deixada por contrato assinado pelo autor na sequência da sua passagem pelo Centro de Arte Contemporânea, em Alfragide, equipamento gerido pelo Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Amadora. Deixada, mas sem assinatura. A obra Access Denied – tryagain (assim mesmo, tudo pegado) que foi capa de catálogo e que o autor escolheu para deixar ao acervo do Centro de Arte, só seria assinada meses mais tarde, já após renovação do executivo autárquico e na presença do novo vereador de Cultura. Por aqui se pode constatar que lidar com este autor não é tarefa porá espíritos fracos ou que tenham da Arte menor conceito. O chamado “trailler” do momento da assinatura, pode aceder-se logo a partir da página de entrado do seu site Não-Oficial em http://www.blogger.com/www.caiado.biz

São, por conseguinte, ínfimos os “papeis” de Caiado nas mãos de particulares ou instituições. Consta que Bruno Rosalino terá uma fotografia sem montagem de quadro, a cores e em tamanho 18x24, esta sim assinada, de um momento que o mesmo terá protagonizado na cozinha da sua casa no Barreiro. Nessa fotografia estará também Ana “Brito”, a modelo que ele “emprestará” a Caiado por ocasião da reportagem de João Ferreira (SIC e SIC Notícias) sobre o seu trabalho de autor intimista. Essa fotografia, já várias vezes reclamada pelo autor (para destruição), nunca mais foi vista. Calcula-se até que tenha sido destruída na sequência de um relacionamento posterior de Bruno com uma estudante de nome Ana “Pólo”, de quem teve um filho.
Este rebento, de nome Henrique, daria título ao restaurante que Bruno viria a abrir com a mulher numa avenida dos Foros de Amora. Estudante de Direito, Ana teria convidado Caiado a ali expor para inaugurar a galeria do espaço, coisa que viria a acontecer com o editorial Roupa Suja No Arquivo Morto. Nesta altura, o fotógrafo desconhecia que Ana “Pólo” fosse a nova mulher de Bruno e este acabaria por ficar com dois quadros (ou três?) dessa mostra, os quais não estão sequer assinados.

Outras fotografias cedidas, sem que tivessem integrado qualquer exposição e executadas meramente a título pessoal, apesar de provavelmente assinadas, só são conhecidas três. Uma na posse de Manuel Janeiro Champallimaud (tirada em contraluz na casa do Barreiro) e duas restantes na posse de personalidades que desejam manter anonimato.

Sabe-se que Alicia Soto tem algumas imagens assinadas, (Caiado foi o Director de Imagem da Hojarasca Danza) e que um cliente do Marmedi (anónimo) terá um quadro de Ahora Me Toca La Muñeca Inflable.

Alda Simão poderá ter uma fotografia (pela participação em 15 Racks No Revelador De Cor), Margot terá (pelo menos) dois quadros de Venda Nova Abu Ghraib. Desta série, que esteve pública no Picoas Plaza, Bruno “Vinyl” terá um quadro. Fernando “Begane” Lopes terá também um quadro de Venda Nova Abi Ghraib.

Carla Conceição, por exemplo, sabe-se que terá várias fotografias assinadas pelo autor, resultado da exposição na FCT do Monte Caparica intitulada Rumores Intranquilos de Carla Conceição. Apesar de não terem sido entregues pessoalmente – na altura a modelo era dada como estando em Londres – as fotografias terão sido deixadas à sua avó Mabília, caseira de Américo Amorim na sua casa sobre a falésia da Caparica. Isto é o que se sabe.

Além destes, haverá seguramente alguns mais (poucos) “papeis” dispersos, assinados ou não. Caiado não tem por hábito deixar atrás de si quadros a cada exposição, mas não é de descartar, por exemplo, que o Toy (bar de praia na Cabana do Pescador chamado Rouxinol, na altura – o qual tinha um jipe Portaro) seja detentor de um “papel” de O 4º Pastor Não Guarda Segredo. Dinis Madaleno (Champanhe Club, Coconuts, Estalagem do Farol – Cascais/Rocha do Conde de Óbidos) poderá ter um exemplar de Never Get Engaged To a Private Dancer, enquanto Quito (Seven – hoje a Remédio Santo, C.Caparica) poderá ter um “papel” de Alguma Vez Viste o Teu Ficheiro Na Agência?”. Supomos.


GET REAL

Ora, é fácil concluir que, conhecidos estes contornos algo “friendly” das transacções fotográficas, não é por aqui que Caiado se safa. Daí que, ao confrontar-se com uma situação de interpretação equívoca sobre o acesso a um quadro seu – falamos do BlueInfected – o autor tenha de, pelo menos no que concerne a esta matéria, reformular o normativo. Imposição externa? De quem?
Aqui reside um dos mistérios.
E, pelos vistos, O fotógrafo não faz segredo do seu património, já que o “elucidário” narrativo que enquadra CHELSEA B304 faz referência às várias componentes materiais da sua vida. Enumera, por exemplo, o seu Parque Automóvel. Despudoradamente, ficamos a saber que o fotógrafo tem um Lotus Elan e um UMM na garagem, “além do BMW branco e do Suzuki Samurai com que circula em Almada”. De facto, associado ao seu nome, a DGV tem ainda uma Citroen Jumper de 9 lugares, veículo que se estreou ao seu serviço durante o workshop “O Elemento Decisivo” no bar de culto Gótico “Backstage”, na Póvoa de Santa Iria.

Acredita-se que, nem o Samurai nem a Jumper serão de facto seus. A julgar pela voz de amigos próximos, o Samurai pertencerá de facto a Margot Saldanha, sua ex-secretária, agora com funções de ‘scout’. Por inerência, a Jumper terá sido oferecida em jeito de patrocínio por parte de um stand particular de automóveis à produtora Fábrica da Merda.
É o que se diz.

Mónica Gorgulho, a narradora do único documento biográfico compilado sobre Caiado, poderia ser uma fonte segura de informações sobre alguns aspectos que fazem comixão sobre a vida deste fotógrafo. No entanto, inexplicavelmente, declara-se “desinformada” sobre tudo quanto seja já posterior à Feira das Artes (Imapark – Setúbal, Fev 2007), onde deu a cara em representação da FANTASMA – Art Center de Fotografia, onde Caiado expôs o agressivo S.W.A.T. bondage. Tal facto tornou-o de, após um historial inédito de mais de 50 exposições individuais de fotografia de autor, merecedor de pela primeira vez ser citado pela Agência Lusa. Mas Mónica, que terá feito o relato da sua carreira até à exposição número 50, declara-se “cansada” e declina continuar a conversa.

Voltando ao Lapso Administrativo, primeiro objectivo de Caiado é sossegar os coleccionadores. Fazer-lhes sentir que o que quer que seja que deram em troca de uma obra por si assinada, mantém os pressupostos. Nada de mudar as regras a meio do jogo, basicamente é disto que se trata. Ora, se há esta necessidade, se há coleccionadores, há seguramente dinheiro envolvido. E não será pouco, a julgar pelo “simpático” preçário – mais uma vez editado pela Tipografia Lobão, Almada.

São conjecturas. Com a biógrafa a –estratégicamente – escusar-se a comentários, resta-nos juntar pedacinhos de pistas. A última reside nos Estaleiros Navais do Talaminho, içada que nem uma casa de palafitas, a mais de três metros do solo, num hangar náutico onde cabem dez Cacilheiros. Aliás, agora só caberiam oito, já que o iate de Carlos Monjardino ainda sofre trabalhos de pintura.

Basta pois olhar para os logótipos deste CHELSEA B304 para constatar que algo de profundo mudou. A assistente mandou-nos (para esta Redacção a termo certo de testedeparedes.blogspot.com ) algumas fotografias biográficas com a referência temporal que coincide com a última Nauticampo, logo, é só juntar dois mais dois. Olhar as fotos, ver o mês, dia e já está, com elevado grau de certeza.

Mas disto, o texto não fala. Intencionalmente? O Iate referido como sendo de Caiado, não está de facto em seu nome. Sabe-se que ali vai algumas vezes por semana, talvez preparando-o para o colocar na água. Talvez para encontros fortuitos também, já que são indicadas várias raparigas a acompanhá-lo nas deslocações à embarcação. No entanto, ali é um ambiente mau para fazer perguntas e sabemos quando não estamos no nosso elemento, apesar de uma carteira profissional legal e de uma autorização para a elaboração de conteúdos para este blogue específico, assinada pelo autor Caiado. Mas, se calhar, estamos a levar o zelo longe demais. Curiosidade feminina?

Será que o fotógrafo consegue sossegar os seus (como chamar-lhes...) “interessados”? Será que poderão confiar nos pressupostos da sua carreira apesar do incidente que –nem de propósito – se chamou BlueInfected ?
Vejamos. Encontros da Imagem – Braga. Duas vezes ali foi Caiado. Expôs no âmbito dos Encontros? Não. Mais, dá-se ao luxo de trazer para a Cova da Piedade (ver biografia em formato online) o editorial Desencontro Com As Imagens – Clube Recreativo Piedense, Sede). Para mais, sabe-se que já com Margot como secretária, se desloca expressamente a Braga para visitar Rui Prata, o director dos Encontros (na velha Kadett van, que trocou pelo UMM gripado).
Outro ponto: cessa por completo as exposições (pelo menos as conhecidas) em Espanha. A razão? Desconhecida.

Há quem afirme que a proliferação de companhias femininas é inversamente proporcional à sua produção fotográfica. Há quem desminta isto, afirmando precisamente o seu contrário. Facto é que desde Parental Advisory, em que o painel RABBISH (€17.000) mobilizou uma brigada de técnicos camarários para a construção de dois pés de apoio e estudo da sua fização à parede, que algo parece ter mudado. Mónica não se pronuncia também sobre isto, refugiando-se de que lhe é posterior ao território de estudo, ou seja, a narrativa até à exposição 50. Mas nós sabemos que Parental terá sido – precisamente a exposição #50.
Além do mais, durante a Feira das Artes, o mesmo painel – agora rebaptizado como Rabbish II, esteve em destaque, sendo considerada a obra mais polémica em exposição em todo o Imapark. Basta só falar com quem viu. Aliás, para mostrar que aqui não há assim tantos inocentes, consta que Alda – essa mesma – terá sido uma das modelos de Rabibish II.

Há uma nuvem de fumo. Claro.
Para já, este fotógrafo tem sorte. Como elas mesmas dizem de si, são uma “brigada de bombeiros”. No entanto, para lá do (real) azedume que mostram em relação ao fotógrafo, há também uma indizível e contraditória atracção. É nesta química de um estranho magnetismo, sedutor pelo lado mais desprez+ivel, que reside a incrível sorte de Caiado. Ainda está para nascer o psicólogo que explicará isto.

Que, cremos, é o que sentem os que apostam na obra deste autor. Sabem que estão perante algo que ninguém saberá entender mas que só algum poderão em propriedade – entenda-se, mediante assinatura – deter nas suas paredes.

Há pouco, falámos da Década, a propósito de Free Papa. Pois, um detalhe omisso na biografia de M.Gorgulho é precisamente que deste salão de chá na besuntada Amadora, cujo primeiro andar foi convertido em Galeria de Arte – foi-o de facto, justiça se faça! – nasceu aquilo que se chamou os “Decadistas”. E que acabaria por morrer, após a guerra intestina ali travada, muito por culpa do gigantismo de Caiado. Ora, a verdade é que a este “gigantismo” de personalidade, acreditava-se que não correspondia o mesmo “gigantismo” de obra. Aliás, num grupo de oradores, em que a pintura era a arte mais representada, seria de estranhar que um autor de fotografia colhesse simpatias. No entanto, e volto a chamar a atenção para esta omissão biográfica (pelo menos o resumo disponível na Internet, é-lhe omisso) no sentido de que é a dissidência de Caiado do seio dos Décadistas que faz cair o “Orpheu da Reboleira” (como lhe chama Marisa) pela base e em estrondo.
É também, como resposta aos dichotes minimalistas dos “décadistas” restantes que Caiado recorre ao ícone galerístico do pós-25 de Abril (ainda a Amadora estava longe de tornar-se concelho) – a Acrópole Rouge.
Ali expôs I Am In Love With An Opinion Maker, um conjunto de imagens a cores fotocopiadas da mesma fotografia, onde se via em fundo nocturno, a figura de Caiado montado num escadote e urinando sobre a estátua do Gil, no Parque das Nações. Caiado não executava em resposta aos “decadistas” apenas uma exposição, mas uma performance inteira, onde se pode facilmente constatar o factor risco que desafiou e do qual, - por sorte ou mão divina – saiu mais uma vez ileso e isento de passar uma noite no cárcere antes de ser presente ao Juíz de Instrução.

De facto, pelas fotocópias, Caiado responde ao “gigantismo” dos ex-comparsas made in Década. O boneco, o Gil, é de facto gigante. No antanto, colocado à distância de um jacto de mija, mostra que não é inalcançável. Depois de Gil Eanes ter sobre a água dobrado o Cabo sei lá de Quê, é a vez de Caiado, também à força de matéria líquida e arqueada, dobrar a arrogância do boneco eleito para representar os “gigantismos” imóveis de um panorama cultural estático.

E, se há pouco atrás se falava das obras deste autor em poder de particulares, refira-se então, em abono da verdade, mais estas: uma fotocópia de fotografia (a cores – formato A3) de Caiado a mijar sobre o Gil para os seguintes destinatários, oferecidas pessoalmente e em reunião final de “Dácadistas” para:
Hélder Reis (por muitos, considerado o tal ‘opinion maker’)
Pedro Savedra
Ludgero (Ludge)
João Rocha
Pedro Estorninho
Carlos Alexandre
(mais um ou dois que não nos souberam dizer com segurança – Miguel Brás?)
e....
para provar que o acto não era mera provocação,
Jorge (conhecido pelo “jovem”) – empregado da Década e,
Margot Saldanha (a outsider fundadora da Fábrica da Merda).
Não sendo na realidade fotografias, já que se trata de fotocópias e, em verdade, não podendo considerar-se executadas por Caiado, já que este mesmo é nelas protagonista, é de crer que o autor tenha assinado pelo menos o folheto (edição Grafimar, Quinta do Conde) de I Am In Love onde, apesar de serem idênticas, cada uma das imagens recebe impressa na própria fotocópia, títulos diferentes. Títulos esses (mais uma vez a biografia é aqui omissa) que no momento da oferenda, o fotógrafo faz adequar às personalidades obsequiadas. A título de exemplo e, sendo aquele de quem a fonte Margot tem grau de certeza mais elevado, o prosista Hélder Reis terá recebido a obra com o título “shame on ya”.

Olhando para o Preçário de CHELSEA B304, facilmente se percebe que Parental (na altura interpretado como rampa inflacionatória da cotação do autor) não tem real expressão. A exposição esteve mesmo para não contar com a prestação de Caiado, mal este soube que era regra do Centro de Arte Contemporânea que uma obra do autor fosse deixada em acervo. Há quem pense que só o factor amizade (talvez com algumas aspas) a Eduardo Nascimento, o director da Galeria Municipal e à própria Maria João Bual, na altura vereadora da Cultura, ditou a realização de Parental.

Quem vê este desfilar de €uros pelas fotografias de Chelsea, olha com condescendência para as “pequenas” importâncias inscritas sob o timbre do CAC de Alfragide. De facto, Caiado não facilita e, para lá do junk-glamour que nos traz de Chelsea, o documento-preçário deixa-nos mais algumas incómodas pistas: a referência à herdeira da cadeia de hotéis Hilton. E à sua irmã. Claro, também lá vem a justa referência a Margot, já que foi a Fábrica da Merda que tratou de tudo (ver texto de CHELSEA B304) desde a compra das passagens ao contacto para Caiado permanecer abrigado. E no seu ambiente, acrescentamos nós.
Mas deixa-nos a pensar se não será por isto que cada vez menos se percebe a conexão espanhola deste fotógrafo de Almada ? Como Gaelle* diria: “à suivre”.

*Gaelle é a rapariga de Marselha que acompanha o fotógrafo nas escassas imagens carregadas no site na secção “Private Caiado” a título meramente formal e que ali se mantiveram desde então, tendo o autor, segundo informações do novo webmaster, adiado a intenção de colocar ali conteúdos do foro íntimo.
NR: Gaelle pode ainda ser “visitada” no histórico da exposição Estar Morto É O Contrário De Estar (Espaço J.Neves, Vale Rosal), dormindo profundamente sobre o banco de canto em L.

Publimax – majoração de memorandos
Cont. para http://www.blogger.com/horta.trasso.lobo@gmail.com

BLUE INFECTED (spec 12)


BLUE INFECTED (specs 06, 07, 10)




BLUE INFECTED (spec 04)


Nota: The Staff of this Caiado's CHELSEA B304 would like to thank Anita Braz for modeling specs

Who Da Fuck ... CHELSEA B304 Precário (Cover)


Chelsea B304 - Preçário (em euros - € )




Chelsea B304 - convite / front


Chelsea B304 - convite / back (map)


Moving out Chelsea B304 / pic 016


instant pic /snapshot by assistant - Day one


AMG (exposição pré-CHELSEA B304) costas folheto


AMG (exposição pré-CHELSEA B304) preçário


AMG (exposição pós-CHELSEA B304)


AMG (exposição pós-CHELSEA B304) preçário


Logistics 01- Samurai + 100 NX


POSTCARD-use this form to ask info/photo samples







WEBPAGE front Ph: Steve Stoer


Watermark


The BEEMER (plus dog) nearby UZ (POR)


O SOM de Chelsea B304 - exclusive soundtrack

CHELSEA B304 - a música que as paredes escutaram

O CD que a aparelhagem da Galeria de Arte passou durante a apresentação de CHELSEA B304 by Caiado, é um trabalho de autoria inédito.
Cantado por Alda, melhor DJ Alda, que também assina as misturas e samplagens, este som recorre a clássicos – lembremo-nos que Caiado é filho de uma burguesia colonialista e cuja mãe, conta-se, chegou a dar aulas de piano.

Alda tem a voz que se adapta como látex (para não dizer vinyl) à performance fotográfica do autor. Ora mulher ora criança, também adolescente e imatura, Alda vocaliza como se estivesse longe de tudo e alheia ao seu mais próximo significante. Diz-se que este álbum foi composto com base em fotografias de Caiado publicadas dispersamente por vários órgãos da Imprensa espanhola (entre os quais se conta o best seller erótico LIB – na edição em que o fotógrafo de Almada é figura de capa – a meias com o prémio Nobel José Saramago).

A pesquisa nos arquivos da Press espanhola é confusa e quase se pode concluir que Caiado é um nome desconhecido à medida que se caminha para Sul. O fotógrafo que ama o Sol e só sabe estar sem roupa no corpo é, curiosamente, bastante citado a Norte, sendo mesmo quase uma lenda na região de Castilla y Léon. Bom, região é uma forma de expressão, já que em área, não fica muito atrás de Portugal.

Alda e Caiado cruzam-se algures nos derradeiros anos da década de 90. Na altura, ela tinha como companheiro o aventureiro valenciano Ricardo Pla. Curiosamente, o fotógrafo de Almada era tido no meio artístico como o companheiro de Alicia Soto, bailarina, directora artística e fundadora da única companhia profissional de dança contemporânea de toda a Castilla Léon – a Hojarasca Danza. Caiado nunca assumiria oficialmente esta relação, mas as evidências são gritantes. E, basta aceder ao site (ou ao que resta dele) da Hojarasca para se perceber que Alicia conheceu um mundo novo e até então proibido à jovem e recatada burgalesa.

Assim, quando se conhecem, Alda e Caiado são os extremos de parejas híbridas e marcadamente artísticas. Todos os seus movimentos são gritos de revolta. No entanto, enquanto os espanhóis Pla e Soto apostavam numa continuidade do que em Espanha se tinha convencionado para o meio artístico, Alda e Caiado sempre foram os factores de ruptura. Aliás, quando se juntavam, fosse num dos vários apartamentos alugados de Madrid, fosse no antigo caça-minas norueguês atracado em Barbate, a jovem de Sacavém e o cabeludo de Almada davam início à construção da rebeldia no seu estado mais puro. Isto, claro, portas para dentro.

Se quanto a Caiado raramente sabe por onde anda, já Alda é reconhecida desde Velência a Ibiza. Neste CD importa ondas rítmicas e ambiências chillout e clubing. Como ela mesma diz: Good Gilrs Go To Heaven; Bad Girls Go... Clubbing.

Sem nome específico atribuído, este trabalho de voz e mixagem é uma oferta que Alda faz ao fotógrafo. Caiado ainda tem os ouvidos angustiados pelo fim precoce da banda underground de Almada – da qual foi fundador e baixista – PenaKapital. Só a voz cálida e ondulante de Alda pode acalmá-lo.

A DJ compõe também as letras. Há muita cumplicidade no texto. É verdade que não se sente logo, mas basta ter em conta os primeiros capítulos da biografia – não autorizada – do fotógrafo, para se perceber que os dois estão muito envolvidos. Para já e, é só o que aqui interessa, artisticamente.

Em CHELSEA B304, escutamos um CD de edição única. Os masters já Alda os terá perdido. Provavelmente, a cópia única que ofereceu ao fotógrafo será já uma raridade. Sente-se, em cada uma das quatro línguas utilizadas pela DJ que há uma grande dose de sonho a pairar nos seus dias e sobretudo muito desencanto. Tanto quanto o demonstra a fotografia em Caiado.

mÓNiKaGorguLHo – (biógrafa por editar)

Sacavém Mix / the dish / Clubbing


Sacavém Mix / the cover


PenaKapital (lyrics) "bandido"



Nota: transcription by Begane - inventarium@netvisao.pt

Ficha Técnica + Dedicatória


Maria Amélia da Natividade - Avó de Caiado



Nota: Fotografia realizada pelo autor mostrando sua avó (falecida 2007) e seu 1º jipe UMM

CHELSEA B304 Press release Page 01


CHELSEA B304 Press release Page 02


CHELSEA B304 Press release Page 03


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INÊS (Sara's sister living in London skirts)


From THE WALTHAMSTOW series (Inês's cat)


OS ANTECEDENTES da Furtividade Fotográfica

Os Antecedentes

Quatro dias numas paredes nem é assim tão inédito na vida furtiva deste autor de Fotografia. Os relatos falam em três dias em Valladolid. O texto de CHELSEA B304 refere-se a esta etapa. O director da Galeria Impacto, conhecida na cidade espanhola por apresentar exposições de fotografia que são destaque em jornais de selecção de marcas de equipamento fotográfico. Nem sequer é benevolente com o português que para ali levou três editoriais. O primeiro, Insómnios Del Paparazzo Urbano, surpreendeu a comunidade fotográfica. Durou um mês. La Modelo Jovencita Con Su Regla (a jovem modelo menstruada) era mais inocente do que o seu título faz supor. No entanto, da surpresa da exposição de estreia, a comunidade valisoletana passa rapidamente ao estado censório e tão rapidamente como caíra nas suas graças, Caiado torna-se ali também um quase-maldito.

Para terceiro (e último registo conhecido) o fotógrafo escolhe um editorial que resultou de disparos apressados sobre Branca Bessone, que dormira com ele nessa noite, a primeira desde que fora colocado o novo chão flutuante de cerejeira na divisão única do Atelier. Chamou-lhe, num desrespeito pela língua castelhana, L’Important Cést la Rose, Croix Moi. Este título, que não está suficientemente explicado na biografia, mostra a raiva latente na terceira deslocação à sala de Valladolid, anos após a separação de Alicia Soto e da sua Hojarasca Danza.

Como se não bastasse, o fotógrafo apenas ali vai estar de uma sexta-feira à manhã de segunda-feira seguinte. Domingo, a Galeria fecha. Assim, a exposição que mostra a intimidade da ex-secretária de direcção da Zagope, sai de Espanha como se alguma inexplicável missão tivesse que ser assim cumprida.
Aos investidores, o staff do fotógrafo apresentará resultados palpáveis. Embora, não se tenha estado nas reuniões nem delas hajam actas conhecidas, sabe-se que tal os satisfez e a prova é que a sua carreira prosseguiu próspera. Acredita-se inclusive que foi a partir daqui que Caiado seria chamado a expor na Bajucultura, a louca programação de recepção ao caloiro organizada pelo Politécnico de Beja. Sem favor. O editorial Os Burros Lavam-se Por Baixo – fotografias de uma viagem a Cannes na companhia da bailarina espanhola – provou que este é um fotógrafo que se dá bem com a adversidade. A tal convite, que mais tarde terá o rosto de Catarina Correia, não terá sido alheio o coleccionador de arte que seguiu com a equipa para Valladolid, qual agente infiltrado. Ainda hoje há quem garanta que todas as despesas terão decorrido por sua conta. Pode ser má língua.

Mas o mérito desta terceira estada em paredes de Valladolid é sobretudo retirar o carácter inédito a estes quatro dias de Teste de Paredes que decorreu na Galeria de Arte A.M.G.
Furtivamente
, há outros registos, tal como os dois que vêm referidos no texto de apresentação deste teste de paredes. De facto, quase dá a ideia que o que Caiado menos quer é que lhe vejam os quadros. Mas há outros dois factos de que o texto escrito para acompanhar CHELSEA B404 não fala. Um, mais recente, ocorre por ocasião de Estar Morto É O Contrário De Estar. A Galeria, todo um r/c amplo e moderno construído por José Neves e ainda por estrear, permite ao fotógrafo traçar todo um happening para envolver a sua exposição. E ele fá-lo. Com apoio e serventia da cave dessa fracção, Caiado constrói ali toda uma vivência de kibutz, só denunciada pelo mini-bar que trouxe do Atelier e pela quantidade de assentos e almofadas presentes no piso subterrâneo. A cortina, tipo tenda de deserto, permitia que a exposição do andar superior estivesse a ser visitada sem que os espectadores se apercebessem da vida um lanço de escadas (longo) abaixo. Isso e o andaime, que dividia uma zona em particular do espaço, onde alguns amplificadores e guitarras descansavam. Talvez por essa razão Gaelle surge nas fotografias do www.caiado.biz . Ela tocava guitarra e compunha em castelhano adaptado.
Curiosamente, esta exposição apenas abria a porta durante quatro horas, encerrando totalmente ao fim-de-semana. Surpresa? Nem por isso.

Outro episódio que retira alguma surpresa a este Teste de Paredes, aconteceu no Maxime. Aliás, Royal Maxime, como o fotógrafo lhe chama. Agora convertido a sala de música ao vivo pela gerência de Manuel João Vieira. Mas que há escassos anos apresentou (ironicamente os Irmãos Catita tocaram ali na presença destas fotografias) um editorial intitulado As Últimas Horas Da Bailarina. Quem, bastantes meses depois passasse pelas traseiras da Capitão Leitão e se deparasse com a exposição Mau Dia Para Nadar Á Noite, poderia ficar confuso ao reconhecer ali – Bar Alma – as mesmas fotografias em tamanho grande que ocuparam as galerias do foyer do Royal Maxime. Confuso porque, um dos princípios de Caiado tem sido o de não repetir uma exposição. Mas a explicação está no facto de, As Últimas Horas não terem sido na realidade uma exposição. Deste evento não foi editado qualquer convite ou folheto. Ou algo correu mal, ou o fotógrafo terá atendido alguma exigência de caprichoso marchand de visita a Portugal? Um dia saberemos.

Ao chamar Teste de Paredes a este CHELSEA B304 que a Galeria A.M.G. mostrou, uma coisa é certa. Caiado reserva-se o direito de voltar à carga com este editorial. Será então casuístico o nome de Paris Hilton no documento do susto (vulgo, Preçário) ? E, já agora, por que a referência ao mundo do futebol no texto de apresentação de CHELSEA B304, quando precisamente toda a dinâmica do fotógrafo durante a estada em Inglaterra parece contrariar este lugar-comum dos básicos da bola? Aliás, não é logo ali referido que é a Relações Públicas do Chelsea F.C. quem tem de querer contactar com o autor e não o inverso?

Há pois antecedentes a este assim chamado Teste de Paredes. Há uma furtividade inconsequente em Caiado. Um pânico de criar laços. O que mais irrita é que, sendo o único texto escrito sobre a misteriosa vida deste autor, a biografia de Mónica Gorgulho levanta mais questões do que respostas dá. Ela mesma parece deixar o projecto algo agastada com a blindagem de personalidade com que teve de se confrontar. Nisso façamos justiça. Allez Mónica.

Caiado in Impacto Foto Galeria - Valladolid Ph:Antolin


Caiado at the opening day Ph: Margot


SPONSORS


SPONSORS - the text as it came out internally


Sponsors & Friends



Para CHELSEA B304, Caiado contou com uma autêntica “Força Pesada” de patrocinadores, não se dando ao pudor de repetir áreas de trabalho para um mesmo momento fotográfico.
Á primeira vista, salta à vista – perdão pela redundância – o quadradinho onde está inscrito Jovibela e o rectângulo onde pode ler-se Fotozígnio. Ambos relacionados com o comércio de produtos fotográficos, nomeadamente, impressão de fotografias. Não será esta dupla presença, por isso mesmo, (também) redundante?

Saltando o logótipo da Galeria de Arte A.M.G, anfitrião deste Teste de paredes, e do próprio Caiado (que uma vez mais volta a mostrar-se como Marca) deparamo-nos com um clássico nos suportes gráficos que fazem da vida vadia (no sentido fotográfico) deste almadense, um verdadeiro acervo documental: a Tipografia Lobão.
Uma vez mais, a Xerox do Gato Bravo trabalhou para este iconoclasta, no sentido de lhe dar visibilidade a mais um evento cujos limites ninguém com propriedade será capaz de prever.

Curioso, é o modo como trata o segundo logótipo da figura que nos fez chegar e que publicamos em antecedência a esta explanação. A FM, designada na figura como “contaminadora audiovisual”, não é mais do que a irreverente Fábrica da Merda, uma produtora de cinema independente na sua forma mais alternativa. À primeira vista (e, como o próprio Caiado frequentemente cita, “não há uma segunda oportunidade para as primeiras impressões”) parece que o secretariado do fotógrafo esconde este nome. O que, a ser assim, até nem faz sentido, já que a Fábrica da Merda teve no mês de Maio talvez a mais estranha das exposições que Almada (e não só) puderam visitar: uma exposição de facturas, notas de encomenda de material cinematográfico, guias de transporte, cedência de direitos de imagem, acordos de parcerias, extractos sinópticos e outros papeis geralmente do foro das gavetas do escritório mas que a estrutura decidiu exibir. A mostra, que inclui também elementos cénicos, expostos pela galeria de forma arrojada, é referida na edição de Maio de 2007 da Agenda Cultural (C.M.Almada) e, por isso mesmo, não se percebe este jogo de escondidas do secretariado na hora de se referir à Fábrica da Merda.

Comparando este Jpg que nos chegou com os “sponsors” com a última folha de apresentação de Chelsea B304, conferimos o logótipo do Navegador, ali referido como “newest partner”.
Ora, já sabemos a história. Não vamos dissecá-la mais, já que é conhecida a estima que o fotógrafo tem pela sua privacidade. No entanto, nem isto é bem verdade, já que, a par deste logótipo que agora se estreia, surge também pela primeira vez o quadrado azul claro com os três círculos branco em rodapé.

A última folha de apresentação deste Teste de paredes mostra este logótipo, o mesmo acontecendo com o documento Preçário. No entanto, enquanto por convites de exposições anteriores podemos saber a que dizem respeito os outros logótipos inscritos (como foi o caso da MDP & filhos – que curiosamente não surge no jpg que recebemos), já não tínhamos como saber o que era de facto este logótipo azul com “reticências” brancas.
O Jpg recebido, acrescenta-lhe um nome mas nada mais. Bom, já é alguma coisa.

Como curiosidade e, comparando os três documentos – preçário, folha de apresentação e este recente “Sponsors&Friends”, verificamos que nenhum deles é fiel nos logótipos inscritos. E já nem falamos do convite em si, onde só dois logótipos pontuam: o da Galeria de Arte e o da Jovibela.

Assim: Navegador, BlluePill, Lobão, Fotozígnio e Fábrica da Merda, fazem o pleno nos três documentos.
Com duas aparições, a A.M.G. Galeria de Arte, o logótipo de Caiado e o da Jovibela.
Com apenas uma inscrição, a MDP&Filhos.

Gabinete de Redacção
Maio 2007-05-24

horta.trasso.lobo@gmail.com

Moving out Chelsea B304 (Santágueda assistance)


Caiado chating with secretary Marta at AMG


The author of Chelsea B304 at Galery floor in Corroios


A letter from the author of Chelsea B304 to Júlia

Cara Júlia

Há coisas do caraças. Fui hoje ler a vossa dissertação pelos logótipos e não fiquei agradado com o que li. Não que tenha que estar de acordo com o que se escreve sobre mim, mas por exigir no mínimo que o que se escreve seja factual.
A ideia era que adicionassem a imagem – o tal “jpeg” de que falam – ao material que reuniram para construir o netendereço Teste de Paredes. Desde o início fui favorável à ideia e mantenho que é de enorme utilidade. Apesar do que acontece ao longo dos textos. Em que se tenta descobrir coisas mas deixando alguma fantasia tomar-nos a direcção do texto. Enfim, convivo bem com isso.
Por outro lado, essa análise sobre os logos dos patrocinadores não pode ser deixada sem resposta, por consentir no que lá vem escrito como conclusão ou apenas como ilação.

É só sobre isto que vou pronunciar-me, da forma mais factual que puder. Ah, sobre o que escrevi acima, de não estar de acordo com o que li, é simplesmente porque tenho pelo menos do vosso conhecimento, três contactos de telemóvel e por nenhum me foi pessoalmente pedida qualquer explicação. É verdade que há situações em que simplesmente não falo, mas são do foro pessoal. Sobre os logos, acho que deveriam ter-me contactado, já que pode deixar algumas pessoas tristes sem necessidade. Vocês sabem que no meu caso, os patrocinadores são como família. Por isso o jpeg tem o título de “Sponsors e Amigos”.

Factualmente, é assim:
1. MDP&Filhos – só surge uma vez devido unicamente a lapso. Deveria estar nos três sítios. As desculpas ao Rui e ao Nuno. Aliás, deveria estar nos 4, convite incluído.

2. O meu logo. Está em dois mas poderia não estar em nenhum. Digamos que, no Preçário e no jpeg, apanha “boleia” dos restantes mas não é forçoso. Acho mesmo algo inusitado, mas enfim. Já agora, para os que pensam que foi feito por mim, ele é da autoria da Xana Fontana. Aproveitando terem falado da Década, fiquem a saber que foi lá que a conheci. Xana é também a autora do grafismo de I Am In Love e o seu ‘teaser’ (foi ela que me ensinou este termo dos criativos) vem no próprio suporte gráfico. Caso queiram confirmar, xana.fonta@iol.pt

3. Jovibela. Tenho excelentes relações com o Soeiro (pai). Cheguei a expor na sua loja sob o título Acidentalmente Disparei Sobre Ela. (e, para quem pensa que a Lobão me edita tudo, estes saíram com chancela de outra gráfica). Ora, a Jovibela surge neste CHELSEA B304 como parceiro para a área da fotografia. Foi de lá que saíram as fotografias que estão centradas nos MDF’s 60x60. O meu obrigado ao Soeiro.
Neste evento, seu por direito, tal como acordado, figura em exclusivo nos convites editados pela própria Galeria de Arte. Digo “exclusivo” já que, percebe-se, excluo o logo da A.M.G. que ali surge por inerência directa.
Por isso, a Fotozígnio não se apresenta ali.

4. Fotozígnio. Enquanto a Jovibela está localizada em Almada, a Fotozígnio situa-se em Lisboa. Um OLÁ para a Elisa Prego, dona da loja. Este logo surge no preçário porque é lá que aparece descrito o “Flag Mix - €17,071. Ora, esta imagem vai aproveitar, nas suas duas versões, os dois painéis que saíram das serras da MDP&Filhos, cada um com mais de 150cm de lado. É uma obra de dimensões pouco vulgares e com uma instalação ainda mais invulgar. Não constou deste TdParedes na A.M.G. e não está ainda impresso. No entanto, mediante acordo verbal e, sabendo que será a obra mais apetecível pelo mercado de arte internacional, figura com todo o direito no Preçário.
A sua presença, por outro lado, na folha de apresentação, como lhe chamais, deve-se à retribuição pelo grande favor (foi daqueles trabalhos para ontem em que não se paga a viagem no tempo - ver rodapé) e que me permitiu ter com que “vestir” o RABBISH II a tempo da Feira das Artes.

5. FM – contaminadora audiovisual. Percebo que sintam surpresa. Não percebo que pensem que ando em jogos de escondidas ou que tenho vergonhas e receios. Mais uma vez, uma telefonadela evitaria esta merdice toda.
Porquê FM? Porque existe um outro logo – não sei se registado – em que está inscrito precisamente Fábrica da Merda. Por isso, limito-me a não inventar e sobretudo, a dar instruções para que não se invente. Como estamos na presença de um logo registado como FM e ao qual está associada a designação de “contaminadora audiovisual”, em respeito pelos detentores da Marca, limitamo-nos a imitá-los. Mais vale jogar pelo seguro do que “inventar” em terreno alheio e depois andar com desculpas para cada poça em que se meteu a pata. Ok ?

6. A.M.G. Galeria de Arte – Não vem referida no Preçário, da mesma forma que a Lobão não está representada no convite. O seu a seu dono. No meio em que as minhas obras se movimentam, a coerência é tudo. Só a coerência pode dissipar dúvidas sérias e, se elas existem ! O Preçário é um documento intemporal. Transcende também o lugar. O convite, atesta um lugar e uma fracção temporal. Vincula. O Preçário apenas tem o mérito de me vincular a uma determinada quantia, coisa que ainda não vi acontecer em muito boa gente que diz cobras e lagartos destas verbas ali impressas. É que, ao contrário de outros aqueles valores não serão alterados ao sabor das posses do aquisidor, ao sabor de convites que me tenham sido endereçados para expor, etc... É um compromisso que assumo com o público. Se quiser carregar nos valores, tenho o meu próprio reduto fotográfico para o fazer. Seria bom falar-se disto um dia.
Já agora, obrigado à Marta Franco, secretária da Direcção e ao Mister Gonçalves, dono da Galeria.
7. Navegador. Ok, para já, está bem assim. Qualquer coisa eu comunico. Mas considero-o, mesmo, o “newest partner”. Nada a acrescentar a isto.

8. BlluePill. É uma Event-Party Organization. Sabem mesmo o que é “seca” ? Ir a festas dos outros. Aturar os convidados dos outros. Ter de beber do que os outros escolheram para pôr no bar. Comer do que é servido pelos outros. Ouvir a música que os outros gostam. Estar vestido da forma que os outros entendem. Ter a gestualidade apropriada ao desenvolvimento social dos outros. Por aqui me fico.
Sobre a BlluePill não posso dizer mais, já que é um projecto em que não estou a solo e do qual não posso decidir apenas por mim. A BlluePill tem um board e é este que toma as decisões. Mas é verdade que é uma estreia. Para já, saiba-se que é a Event-Party que vai onde as outras sempre falham.
Até sempre

Caiado
www.caiado.biz







nota: na Lobão há uma folha na parede, que lembra “trabalhos para ontem só se o cliente pagar a viagem no tempo”




PostScriptvm
Mando-vos algumas imagens da Alda, já que deram ao som deste Teste de Paredes uma dimensão inusitada. Devidamente resguardadas, as imagens.

Caiado/Alda from movie Mata-te Sózinha (nightshot)


DJ Alda pic out of collection (COICE da MULA)




Private pic (DJ Alda?) from fotograph files PERSONAL


Aleged pic of Dj Alda removed from canalfoto.org