Saturday, September 1, 2007

Lapso administrativo - toda a explicação

O (tal) LAPSO ADMINISTRATIVO

Como se adquire uma fotografia de alguém que, sendo realmente um autor, não se encontra representado por nenhuma galeria reconhecida nem mantém uma estabilidade geográfica que permita percepções mais avalizadas?

Depois da fúria, Caiado acalmou. De repente, um quadro enviado para servir de piloto à configuração da Galeria A.M.G. era tomado como oferta pessoal. As miúdas que estabeleceram a conexão para este evento ouviram das boas, nem é preciso ser mosca para ter disso absoluta certeza.

Agora mais conformado, o fotógrafo prepara-se para tirar partido de uma situação negativa e, como em várias anteriores, sabemos que ele sairá vencedor. Para já, eis o que se está a passar.

A imagem intitulada “BlueInfected” tem ordem para passar a domínio público. Todas temos indicação expressa para a divulgarmos de forma a disseminá-la o mais possível, desvalorizando-a cada vez mais. Ao mesmo tempo, algo que seria impensável até hoje na carreira escorreitamente underground de Caiado, torna-se um motor de arranque: a gobalização.

Além da fotografia em si, existe a obra. Obra é, neste autor, o conjunto da fotografia com o tipo de montagem que para ela escolhe. Cada exposição sua é nisto um caso inédito em Portugal (pelo menos).
A obra integrante de CHELSEA B304 é formada por placas MDF pintadas a encarnado vivo, além de outras especificações conforme documento anexo.

Assim, o autor determinou que, após exibição de CHELSEA B304 como exposição (em local ainda a seleccionar), cada quadro será alterado para albergar uma cópia de BlueInfected, a qual será oferecida aos patrocinadores escolhidos para o efeito. Serão em número de entre 10 e 14. Claro que muitos sobrarão e, a seu tempo saberemos como irá o fotógrafo gerir esta insuficiência.

Portanto, de uma assentada, Caiado é forçado a romper com dois preceitos basilares da fundação do seu trabalho de autor no campo da Fotografia. Romper, claro e, excepcionalmente, por uma única vez. A saber: a divulgação de trabalhos de autor pela Internet; e a execução de cópias de um trabalho da sua autoria. Lembremo-nos de que, apesar do sarcasmo com que regra geral os seus pares olham para os preçários (quando ocasionalmente) acompanham as suas mostras, o facto é que cada obra de Caiado é um espécime único. Um original, portanto. Mais original até do que uma pintura, da qual são extraídas (as ridículas) serigrafias.

Até ao momento, poucas obras são conhecidas na posse de particulares ou instituições, assinadas pelo fotógrafo. Mesmo na Década (um dos momentos internacionalmente marcantes da carreira por causa de “unexpected moment), as imagens printadas pelo designer gráfico Miguel Brás – também ele pintor – só são conhecidas um original assinado. Este, na posse de João Rocha, antigo funcionário no CCB e anfitrião da exposição na Galeria Década, que recebeu o título de Free Papanicolao Joystick. Mesmo assim, dos próprios MDF’s que ali se estrearam, ainda tem por receber aquele que lhe cabe para uma condigna afixação da obra.

Sabe-se também que Amílcar Caldeira (o Micas do Acord’a Lua – Almada) terá uma fotografia relativa ao editorial Nove Mulheres e Meia. Possivelmente um outro exemplar relativo a Dois Dedos de Sexo para Tanta Conversa ou Qu’ Importa a Arte Desde Que. Um sócio seu (de nome Diogo, cremos) terá provávelmete outra fotografia de Nove Mulheres e Meia.
Sobre Mudaram a Paragem do Autocarro, uma exposição em que Micas investiu bastante dinheiro mas da qual não chegou a imprimir os exigíveis convites, este terá uma obra. Do mesmo editorial terá sido oferecida uma outra obra ao designer gráfico José Jorge. Ambas carecerão de assinatura.

Sabe-se que em casa de Miguel Ferro, designer que tomou conta dos arranjos dos convites do autor mesmo aquando da sua incursão pelo mercado de Arte espanhol (Ahora Me Toca la Muñeca Inflable, Y Las Pretas Como Tienen Las Tetas ? – por exemplo) existem duas imagens condignamente emolduradas, resultantes de uma apropriação na sequência da execução dos convites para a exposição no Acord’ a Lua intitulada Cacilhas – Cannes: Duas Margens a Mesma Merda.
Assume-se que lhe pertençam e não estão assinadas. Nem são sequer sua propriedade, devendo ser destruídas se as mesmas encontrarem aquisidor.

De Mudaram a Paragem do Autocarro, sabe-se por registos fotográficos da sua biógrafa que uma obra estará na posse de José Rondão. Rondão é o canalizador (e operário para todo o serviço) que tem sido de utilidade extrema para o estilo de vida miserável do fotógrafo. Sabe-se que pela sua digna mas degradada habitação nas Calvanas (a que Caiado por dislexia continua a chamar “Galinheiras”, passaram quase todas as mulheres que consigo têm durado mais do que 12 meses. Calcula-se que seja Rondão a fonte não identificada de alguma da informação privada contida no seu relato biográfico Não Autorizado e ainda não publicado por opção da biógrafa Mónica Gorgulho.

Parental Advisory For Standard Procedure é actualmente a única obra oficialmente conhecida a integrar uma colecção de Galeria. Deixada por contrato assinado pelo autor na sequência da sua passagem pelo Centro de Arte Contemporânea, em Alfragide, equipamento gerido pelo Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Amadora. Deixada, mas sem assinatura. A obra Access Denied – tryagain (assim mesmo, tudo pegado) que foi capa de catálogo e que o autor escolheu para deixar ao acervo do Centro de Arte, só seria assinada meses mais tarde, já após renovação do executivo autárquico e na presença do novo vereador de Cultura. Por aqui se pode constatar que lidar com este autor não é tarefa porá espíritos fracos ou que tenham da Arte menor conceito. O chamado “trailler” do momento da assinatura, pode aceder-se logo a partir da página de entrado do seu site Não-Oficial em http://www.blogger.com/www.caiado.biz

São, por conseguinte, ínfimos os “papeis” de Caiado nas mãos de particulares ou instituições. Consta que Bruno Rosalino terá uma fotografia sem montagem de quadro, a cores e em tamanho 18x24, esta sim assinada, de um momento que o mesmo terá protagonizado na cozinha da sua casa no Barreiro. Nessa fotografia estará também Ana “Brito”, a modelo que ele “emprestará” a Caiado por ocasião da reportagem de João Ferreira (SIC e SIC Notícias) sobre o seu trabalho de autor intimista. Essa fotografia, já várias vezes reclamada pelo autor (para destruição), nunca mais foi vista. Calcula-se até que tenha sido destruída na sequência de um relacionamento posterior de Bruno com uma estudante de nome Ana “Pólo”, de quem teve um filho.
Este rebento, de nome Henrique, daria título ao restaurante que Bruno viria a abrir com a mulher numa avenida dos Foros de Amora. Estudante de Direito, Ana teria convidado Caiado a ali expor para inaugurar a galeria do espaço, coisa que viria a acontecer com o editorial Roupa Suja No Arquivo Morto. Nesta altura, o fotógrafo desconhecia que Ana “Pólo” fosse a nova mulher de Bruno e este acabaria por ficar com dois quadros (ou três?) dessa mostra, os quais não estão sequer assinados.

Outras fotografias cedidas, sem que tivessem integrado qualquer exposição e executadas meramente a título pessoal, apesar de provavelmente assinadas, só são conhecidas três. Uma na posse de Manuel Janeiro Champallimaud (tirada em contraluz na casa do Barreiro) e duas restantes na posse de personalidades que desejam manter anonimato.

Sabe-se que Alicia Soto tem algumas imagens assinadas, (Caiado foi o Director de Imagem da Hojarasca Danza) e que um cliente do Marmedi (anónimo) terá um quadro de Ahora Me Toca La Muñeca Inflable.

Alda Simão poderá ter uma fotografia (pela participação em 15 Racks No Revelador De Cor), Margot terá (pelo menos) dois quadros de Venda Nova Abu Ghraib. Desta série, que esteve pública no Picoas Plaza, Bruno “Vinyl” terá um quadro. Fernando “Begane” Lopes terá também um quadro de Venda Nova Abi Ghraib.

Carla Conceição, por exemplo, sabe-se que terá várias fotografias assinadas pelo autor, resultado da exposição na FCT do Monte Caparica intitulada Rumores Intranquilos de Carla Conceição. Apesar de não terem sido entregues pessoalmente – na altura a modelo era dada como estando em Londres – as fotografias terão sido deixadas à sua avó Mabília, caseira de Américo Amorim na sua casa sobre a falésia da Caparica. Isto é o que se sabe.

Além destes, haverá seguramente alguns mais (poucos) “papeis” dispersos, assinados ou não. Caiado não tem por hábito deixar atrás de si quadros a cada exposição, mas não é de descartar, por exemplo, que o Toy (bar de praia na Cabana do Pescador chamado Rouxinol, na altura – o qual tinha um jipe Portaro) seja detentor de um “papel” de O 4º Pastor Não Guarda Segredo. Dinis Madaleno (Champanhe Club, Coconuts, Estalagem do Farol – Cascais/Rocha do Conde de Óbidos) poderá ter um exemplar de Never Get Engaged To a Private Dancer, enquanto Quito (Seven – hoje a Remédio Santo, C.Caparica) poderá ter um “papel” de Alguma Vez Viste o Teu Ficheiro Na Agência?”. Supomos.


GET REAL

Ora, é fácil concluir que, conhecidos estes contornos algo “friendly” das transacções fotográficas, não é por aqui que Caiado se safa. Daí que, ao confrontar-se com uma situação de interpretação equívoca sobre o acesso a um quadro seu – falamos do BlueInfected – o autor tenha de, pelo menos no que concerne a esta matéria, reformular o normativo. Imposição externa? De quem?
Aqui reside um dos mistérios.
E, pelos vistos, O fotógrafo não faz segredo do seu património, já que o “elucidário” narrativo que enquadra CHELSEA B304 faz referência às várias componentes materiais da sua vida. Enumera, por exemplo, o seu Parque Automóvel. Despudoradamente, ficamos a saber que o fotógrafo tem um Lotus Elan e um UMM na garagem, “além do BMW branco e do Suzuki Samurai com que circula em Almada”. De facto, associado ao seu nome, a DGV tem ainda uma Citroen Jumper de 9 lugares, veículo que se estreou ao seu serviço durante o workshop “O Elemento Decisivo” no bar de culto Gótico “Backstage”, na Póvoa de Santa Iria.

Acredita-se que, nem o Samurai nem a Jumper serão de facto seus. A julgar pela voz de amigos próximos, o Samurai pertencerá de facto a Margot Saldanha, sua ex-secretária, agora com funções de ‘scout’. Por inerência, a Jumper terá sido oferecida em jeito de patrocínio por parte de um stand particular de automóveis à produtora Fábrica da Merda.
É o que se diz.

Mónica Gorgulho, a narradora do único documento biográfico compilado sobre Caiado, poderia ser uma fonte segura de informações sobre alguns aspectos que fazem comixão sobre a vida deste fotógrafo. No entanto, inexplicavelmente, declara-se “desinformada” sobre tudo quanto seja já posterior à Feira das Artes (Imapark – Setúbal, Fev 2007), onde deu a cara em representação da FANTASMA – Art Center de Fotografia, onde Caiado expôs o agressivo S.W.A.T. bondage. Tal facto tornou-o de, após um historial inédito de mais de 50 exposições individuais de fotografia de autor, merecedor de pela primeira vez ser citado pela Agência Lusa. Mas Mónica, que terá feito o relato da sua carreira até à exposição número 50, declara-se “cansada” e declina continuar a conversa.

Voltando ao Lapso Administrativo, primeiro objectivo de Caiado é sossegar os coleccionadores. Fazer-lhes sentir que o que quer que seja que deram em troca de uma obra por si assinada, mantém os pressupostos. Nada de mudar as regras a meio do jogo, basicamente é disto que se trata. Ora, se há esta necessidade, se há coleccionadores, há seguramente dinheiro envolvido. E não será pouco, a julgar pelo “simpático” preçário – mais uma vez editado pela Tipografia Lobão, Almada.

São conjecturas. Com a biógrafa a –estratégicamente – escusar-se a comentários, resta-nos juntar pedacinhos de pistas. A última reside nos Estaleiros Navais do Talaminho, içada que nem uma casa de palafitas, a mais de três metros do solo, num hangar náutico onde cabem dez Cacilheiros. Aliás, agora só caberiam oito, já que o iate de Carlos Monjardino ainda sofre trabalhos de pintura.

Basta pois olhar para os logótipos deste CHELSEA B304 para constatar que algo de profundo mudou. A assistente mandou-nos (para esta Redacção a termo certo de testedeparedes.blogspot.com ) algumas fotografias biográficas com a referência temporal que coincide com a última Nauticampo, logo, é só juntar dois mais dois. Olhar as fotos, ver o mês, dia e já está, com elevado grau de certeza.

Mas disto, o texto não fala. Intencionalmente? O Iate referido como sendo de Caiado, não está de facto em seu nome. Sabe-se que ali vai algumas vezes por semana, talvez preparando-o para o colocar na água. Talvez para encontros fortuitos também, já que são indicadas várias raparigas a acompanhá-lo nas deslocações à embarcação. No entanto, ali é um ambiente mau para fazer perguntas e sabemos quando não estamos no nosso elemento, apesar de uma carteira profissional legal e de uma autorização para a elaboração de conteúdos para este blogue específico, assinada pelo autor Caiado. Mas, se calhar, estamos a levar o zelo longe demais. Curiosidade feminina?

Será que o fotógrafo consegue sossegar os seus (como chamar-lhes...) “interessados”? Será que poderão confiar nos pressupostos da sua carreira apesar do incidente que –nem de propósito – se chamou BlueInfected ?
Vejamos. Encontros da Imagem – Braga. Duas vezes ali foi Caiado. Expôs no âmbito dos Encontros? Não. Mais, dá-se ao luxo de trazer para a Cova da Piedade (ver biografia em formato online) o editorial Desencontro Com As Imagens – Clube Recreativo Piedense, Sede). Para mais, sabe-se que já com Margot como secretária, se desloca expressamente a Braga para visitar Rui Prata, o director dos Encontros (na velha Kadett van, que trocou pelo UMM gripado).
Outro ponto: cessa por completo as exposições (pelo menos as conhecidas) em Espanha. A razão? Desconhecida.

Há quem afirme que a proliferação de companhias femininas é inversamente proporcional à sua produção fotográfica. Há quem desminta isto, afirmando precisamente o seu contrário. Facto é que desde Parental Advisory, em que o painel RABBISH (€17.000) mobilizou uma brigada de técnicos camarários para a construção de dois pés de apoio e estudo da sua fização à parede, que algo parece ter mudado. Mónica não se pronuncia também sobre isto, refugiando-se de que lhe é posterior ao território de estudo, ou seja, a narrativa até à exposição 50. Mas nós sabemos que Parental terá sido – precisamente a exposição #50.
Além do mais, durante a Feira das Artes, o mesmo painel – agora rebaptizado como Rabbish II, esteve em destaque, sendo considerada a obra mais polémica em exposição em todo o Imapark. Basta só falar com quem viu. Aliás, para mostrar que aqui não há assim tantos inocentes, consta que Alda – essa mesma – terá sido uma das modelos de Rabibish II.

Há uma nuvem de fumo. Claro.
Para já, este fotógrafo tem sorte. Como elas mesmas dizem de si, são uma “brigada de bombeiros”. No entanto, para lá do (real) azedume que mostram em relação ao fotógrafo, há também uma indizível e contraditória atracção. É nesta química de um estranho magnetismo, sedutor pelo lado mais desprez+ivel, que reside a incrível sorte de Caiado. Ainda está para nascer o psicólogo que explicará isto.

Que, cremos, é o que sentem os que apostam na obra deste autor. Sabem que estão perante algo que ninguém saberá entender mas que só algum poderão em propriedade – entenda-se, mediante assinatura – deter nas suas paredes.

Há pouco, falámos da Década, a propósito de Free Papa. Pois, um detalhe omisso na biografia de M.Gorgulho é precisamente que deste salão de chá na besuntada Amadora, cujo primeiro andar foi convertido em Galeria de Arte – foi-o de facto, justiça se faça! – nasceu aquilo que se chamou os “Decadistas”. E que acabaria por morrer, após a guerra intestina ali travada, muito por culpa do gigantismo de Caiado. Ora, a verdade é que a este “gigantismo” de personalidade, acreditava-se que não correspondia o mesmo “gigantismo” de obra. Aliás, num grupo de oradores, em que a pintura era a arte mais representada, seria de estranhar que um autor de fotografia colhesse simpatias. No entanto, e volto a chamar a atenção para esta omissão biográfica (pelo menos o resumo disponível na Internet, é-lhe omisso) no sentido de que é a dissidência de Caiado do seio dos Décadistas que faz cair o “Orpheu da Reboleira” (como lhe chama Marisa) pela base e em estrondo.
É também, como resposta aos dichotes minimalistas dos “décadistas” restantes que Caiado recorre ao ícone galerístico do pós-25 de Abril (ainda a Amadora estava longe de tornar-se concelho) – a Acrópole Rouge.
Ali expôs I Am In Love With An Opinion Maker, um conjunto de imagens a cores fotocopiadas da mesma fotografia, onde se via em fundo nocturno, a figura de Caiado montado num escadote e urinando sobre a estátua do Gil, no Parque das Nações. Caiado não executava em resposta aos “decadistas” apenas uma exposição, mas uma performance inteira, onde se pode facilmente constatar o factor risco que desafiou e do qual, - por sorte ou mão divina – saiu mais uma vez ileso e isento de passar uma noite no cárcere antes de ser presente ao Juíz de Instrução.

De facto, pelas fotocópias, Caiado responde ao “gigantismo” dos ex-comparsas made in Década. O boneco, o Gil, é de facto gigante. No antanto, colocado à distância de um jacto de mija, mostra que não é inalcançável. Depois de Gil Eanes ter sobre a água dobrado o Cabo sei lá de Quê, é a vez de Caiado, também à força de matéria líquida e arqueada, dobrar a arrogância do boneco eleito para representar os “gigantismos” imóveis de um panorama cultural estático.

E, se há pouco atrás se falava das obras deste autor em poder de particulares, refira-se então, em abono da verdade, mais estas: uma fotocópia de fotografia (a cores – formato A3) de Caiado a mijar sobre o Gil para os seguintes destinatários, oferecidas pessoalmente e em reunião final de “Dácadistas” para:
Hélder Reis (por muitos, considerado o tal ‘opinion maker’)
Pedro Savedra
Ludgero (Ludge)
João Rocha
Pedro Estorninho
Carlos Alexandre
(mais um ou dois que não nos souberam dizer com segurança – Miguel Brás?)
e....
para provar que o acto não era mera provocação,
Jorge (conhecido pelo “jovem”) – empregado da Década e,
Margot Saldanha (a outsider fundadora da Fábrica da Merda).
Não sendo na realidade fotografias, já que se trata de fotocópias e, em verdade, não podendo considerar-se executadas por Caiado, já que este mesmo é nelas protagonista, é de crer que o autor tenha assinado pelo menos o folheto (edição Grafimar, Quinta do Conde) de I Am In Love onde, apesar de serem idênticas, cada uma das imagens recebe impressa na própria fotocópia, títulos diferentes. Títulos esses (mais uma vez a biografia é aqui omissa) que no momento da oferenda, o fotógrafo faz adequar às personalidades obsequiadas. A título de exemplo e, sendo aquele de quem a fonte Margot tem grau de certeza mais elevado, o prosista Hélder Reis terá recebido a obra com o título “shame on ya”.

Olhando para o Preçário de CHELSEA B304, facilmente se percebe que Parental (na altura interpretado como rampa inflacionatória da cotação do autor) não tem real expressão. A exposição esteve mesmo para não contar com a prestação de Caiado, mal este soube que era regra do Centro de Arte Contemporânea que uma obra do autor fosse deixada em acervo. Há quem pense que só o factor amizade (talvez com algumas aspas) a Eduardo Nascimento, o director da Galeria Municipal e à própria Maria João Bual, na altura vereadora da Cultura, ditou a realização de Parental.

Quem vê este desfilar de €uros pelas fotografias de Chelsea, olha com condescendência para as “pequenas” importâncias inscritas sob o timbre do CAC de Alfragide. De facto, Caiado não facilita e, para lá do junk-glamour que nos traz de Chelsea, o documento-preçário deixa-nos mais algumas incómodas pistas: a referência à herdeira da cadeia de hotéis Hilton. E à sua irmã. Claro, também lá vem a justa referência a Margot, já que foi a Fábrica da Merda que tratou de tudo (ver texto de CHELSEA B304) desde a compra das passagens ao contacto para Caiado permanecer abrigado. E no seu ambiente, acrescentamos nós.
Mas deixa-nos a pensar se não será por isto que cada vez menos se percebe a conexão espanhola deste fotógrafo de Almada ? Como Gaelle* diria: “à suivre”.

*Gaelle é a rapariga de Marselha que acompanha o fotógrafo nas escassas imagens carregadas no site na secção “Private Caiado” a título meramente formal e que ali se mantiveram desde então, tendo o autor, segundo informações do novo webmaster, adiado a intenção de colocar ali conteúdos do foro íntimo.
NR: Gaelle pode ainda ser “visitada” no histórico da exposição Estar Morto É O Contrário De Estar (Espaço J.Neves, Vale Rosal), dormindo profundamente sobre o banco de canto em L.

Publimax – majoração de memorandos
Cont. para http://www.blogger.com/horta.trasso.lobo@gmail.com

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